Marca do CCS

Banda Kapitu no Teatro de Arena do CCS


por:Assessoria de Comunicação do CCS
publicado em: 04/09/2019

A banda Kapitu é a próxima atração do Teatro de Arena do CCS, dia 11 de setembro, às 12h. A apresentação faz parte das comemorações dos 50 anos do Centro de Ciências da Saúde.

Kapitu é integrada por YURI CORBAL (guitarra e voz), IRLAN GUIMARÃES (baixo), RAFAEL MARCOLINO (bateria) e EDUARDO MATOS (guitarra).

O trabalho bem concebido da banda surgiu a partir da inquietude, trazendo referências diversas do Rock, Blues e R'n'B, de forma coerente. Letra e som demarcam liberdade, atitude e pressa por viver. A referência do nome da personagem Kapitu, de Assis, serve como tradução ao som dos roqueiros de Niterói RJ.

Formada em 2008 originalmente, sempre teve como objetivo trabalhar músicas autorais e desde então vem gravando diversos materiais e fazendo shows para se estabelecer na cena Rock. Em 2012 a banda foi finalista do WebFestValda, realizado no Circo Voador, e Yuri Corbal levou o prêmio de melhor guitarrista do festival. Em 2013, após 5 anos de trabalho, o primeiro álbum, UTOPIA, foi lançado. Em setembro do mesmo ano a música "Não Deixe Amanhecer” é escolhida como tema da abertura do programa "Rota 51 ICE", apresentado por Bruno de Luca e divulgado pela internet.

Em janeiro de 2014 a KAPITU é selecionada para o projeto Converse Rubber Tracks, pela primeira vez no Brasil. A banda gravou uma faixa inédita em um dos mais renomados estúdios do Rio de Janeiro. A música “Pra Nunca Te Deixar” foi lançada em Maio de 2014 alcançando grande repercussão nas redes sociais. Em 2015 seu segundo disco, que foi realizado num projeto de Crowdfunding (financiamento coletivo). Experimentando novos sons, climas e arranjos, VERMELHO é definitivamente um grande salto na sonoridade da banda. Este álbum também conta com as participações especiais de Gê Fonseca nos teclados e Lis Vanelle nos vocais adicionais. O show de lançamento foi realizado em junho deste ano, no Teatro Popular Oscar Niemeyer, em Niterói RJ, com a casa lotada, registrando um dos maiores públicos num show de música autoral neste espaço. Ainda em julho de 2015 a banda foi selecionada novamente para participar do WebFestValda, desta vez com uma estrutura muito maior e para uma quantidade maior de pessoas na Fundição Progresso. Novamente a KAPITU se classifica para final, fazendo 2 shows para quase 6.000 pessoas e tocando ao lado de grandes nomes da música como Pitty, Raimundos, Banda Suricato e Nando Reis.

Em dezembro, após quase 8 anos de trabalho, o guitarrista Jahba deixa a KAPITU. Eduardo Matos assume o posto em 2016 e a banda segue trabalhando o álbum Vermelho. Dentre os muitos shows que a KAPITU fez em 2016, um dos pontos altos foi o “Rio Novo Rock”, levando um público de peso ao Imperator (uma das maiores casas de show do Rio de Janeiro) neste que é um dos mais importantes eventos de bandas independentes do Brasil. Em 2017 surge “Cenas do Cotidiano”, a primeira música inédita após o aclamado álbum “Vermelho” (2015). Pela primeira vez a KAPITU lança um single de forma isolada, principalmente por querer focar todas as atenções no discurso expressado por esta composição. Junto com a música, foi lançado nas redes sociais um pequeno documentário falando sobre a história da banda e o novo lançamento. Inspirada pelo momento social e político em que vivemos, não só em nosso país, mas no mundo de uma forma geral, a KAPITU traz no instrumental o mesmo peso da letra, que tem como tema principal a violência que nossa sociedade sofre todos os dias. Desta vez a banda optou por uma distribuição totalmente digital. “Cenas do Cotidiano” pode ser encontrada em todas as plataformas de streaming como Spotify, Apple Music, Deezer, SoundCloud e YouTube.

Após 2 participações como concorrentes do WebFestValda, em 2017 a KAPITU é convidada pela produção a fazer um show completo na Fundição Progresso. Ao lado de nomes como Pitty e Monobloco a banda trouxe o peso do recém lançado novo single, além de canções dos 2 álbuns anteriores, e foi responsável pela abertura da última edição do festival. O show foi gravado e transmitido ao vivo pelo Youtube, tendo milhares de visualizações.

Atualmente a banda se prepara para lançar o novo single “Atentados”, que se encontra em fase final de produção. Pela primeira vez experimentando uma sonoridade mais acústica e crua, criando um contraponto com o peso colocado em “Cenas do Cotidiano”, e trazendo na temática da letra uma sequência ao conceito introduzido pelo último lançamento da KAPITU.

Novo com N maiúsculo

Ouvi a banda Kapitu pela primeira vez em 2008, num CD Demo. Gostei. Gostei porque a banda rapidamente, logo na primeira faixa, marca o seu território: Rock. E, confesso, eu estava sentindo saudade do Rock "Made in Brasil" sujo, livre, despojado, valvulado, anárquico, mas sobretudo, bom. Muito bom! Não acredito em pop/rock, nem em disco voador.

Um ano depois ouço a Kapitu e me surpreendo com o impressionante amadurecimento dos músicos. Todos eles, sem exceção. A banda investiu pesado em instrumentos, equipamentos, mas acima de tudo (e é aí que mora o macete) pesou a mão nas cabeças. A qualidade e densidade das letras surpreendem porque não tem nhém nhém nhém. Os versos são dardos muito precisos que mantém com as músicas uma simbiose rara. Raríssima, a meu ver. Sinceramente, quando ouvi a banda pela primeira vez fiquei esperando a hora do óbvio, do lugar comum, o que, felizmente, não apareceu.

Dizem que o mercado anda meio burro. Não creio. O mercado está lá, na dele, esperando o Novo. Novo com N maiúsculo. Para pegar e atirar nos braços das massas sedentas também pelo novo, mas com ingredientes básicos que podemos chamar de sujeira brilhante do som. Taí, sujeira brilhante. Assim podemos definir o som da Kapitu, que cheio de coragem não teme os volumes, os graves, os agudos, as plateias em todos os lugares onde estão passando. Como tem que ser com uma autêntica banda de Rock.

Luiz Antonio Mello

Jornalista, Radialista, Escritor e Produtor Musical.

Idealizador da rádio Fluminense FM (Maldita), e um dos responsáveis pelo movimento Rock Brasil nos anos 80.